Uma semana antes da nossa condenação ou redenção, estamos abertos à nossa inconsciência, à nossa vontade de teatro, de voz e corpo em plena coerência e coesão. O nosso tema não é dos mais fáceis, mas surgiu assim, um dia, e agora permeia nossa criatividade: a santa, o oratório, o pecado e o popular.
Ao som de Jorge Ben Jesus Christ is my lord, Jesus Christ is my friend (2x) fazíamos daquele palco improvisado um terreiro ritualístico, e os tules, os panos e penduricalhos compunham nosso cenário... a voz, o aquecimento, as pernas, o tronco, a posição cênica livre punha-nos em ataque, em posição de ataque como São Jorge em cima do cavalo lutando contra os demônios e as bestas famintas, a santa surgia limpa, sozinha, crua, e aos poucos ia se tornando uma personagem densa e cruel, que pesava nas nossas costas, que perdurava...
Aguardamos as luzes de velas se acenderem para começar nosso espetáculo, o terreiro de magia, de sonho, de santo, de samba, de corpos soltos, de voz e vôo. Quarta, dia 26, entregaremo-nos aos leões.
Aguardamos as luzes de velas se acenderem para começar nosso espetáculo, o terreiro de magia, de sonho, de santo, de samba, de corpos soltos, de voz e vôo. Quarta, dia 26, entregaremo-nos aos leões.
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